Envelhecer já não é mais como antigamente. As pessoas estão vivendo mais, precisam trabalhar mais tempo – quer gostem ou não –, estão assumindo novos papéis e recusam-se a ficar invisíveis. A população mundial envelhece na medida em que a taxa de natalidade continua reduzindo num ritmo galopante, o que certamente afetará os atuais millennials em 2050 e assim sucessivamente, nas próximas gerações.
O cenário de longevidade, muitas vezes, é visto como uma ameaça para a economia, pois reduziria a força de trabalho e traria mais custos para os governos. A visão sobre o que é velhice, inclusive, carrega diversas construções sociais que acarretam estereótipos e desembocam no preconceito baseado na idade avançada. Os vieses discriminatórios ganham força para aqueles que estão em busca de uma oportunidade. Porém, com esta nova fase da vida adulta tendo mais qualidade, pessoas com mais de 60 anos seguirão aptas a trabalhar. A Deloitte criou o termo “dividendo da longevidade”, que propõe a inclusão de profissionais sêniores para aumentar a produtividade econômica.
Na Alemanha, país em que mais de 20% da população está acima dos 60 anos, as empresas estão tomando medidas para possibilitar a inclusão desses profissionais, especialmente na indústria. A fábrica da Porsche, em Leipzig, implementou uma série de cuidados ergonômicos para ajudar os colaboradores na produção, como prevenção de sobrecarga física.
Vale destacar ainda que, mais do que funções operacionais, trabalhadores mais maduros contam com uma ampla experiência, e essa bagagem de conhecimento os permite visualizar mais facilmente riscos, oportunidades e soluções.
O encontro de gerações deve ser uma fonte de fortalecimento, com implementação de ações para a integração e colaboração no trabalho.